terça-feira, 26 de setembro de 2006

Amar é...


... viver às avessas.

... ser perito nas artes circenses: é ser malabarista; é ser contorcionista.
... tudo, o resto é bônus.
... transPIRAR desejo e PIRAR com o desejo.
... não caber em si e compartilhar amor.
... ser enamorado de si mesmo.
... ser o último a soltar no abraço apertado.
... irritar-se, gratuitamente, com bobagens.
... embriagar-se com os úmidos beijos amado.
... às vezes, se foder para fazer o outro feliz.
... confiar apenas com um olho fechado.
... navegar no mar, desconhecido, do SER amado.
... também acostumar-se SÓ.
... poder pensar em voz alta.
... reconhecer o direito da outra pessoa fazer escolhas.
... pôr afeto e gostosura entre as distâncias.
... convencer-se de que o ciúme é o câncer do amor.
... ajudar o outro a ser mais livre do que era antes.
... largar-se de mil pretendentes.

Por Tamara Queiroz

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Cícero saiu de sua pacata cidadezinha para estudar e lá deixou o seu grande amor.
Na cidade grande ficou conhecido por Padre Cícero, após formação em Teologia e Filosofia e por servir à comunidade.
No pacato seminário estão guardadas as saudosas cartas de amor à Carlos Manoel.

Será que Cícero realmente saiu de sua cidade para estudar? Ou para não ser crucificado pelo preconceito?

Um homem que mente para si e para seus fiéis consegue ser verdadeiramente feliz?

Qual é a dificuldade que as pessoas sentem em assumir seus verdadeiros sentimentos e suas verdadeiras identidades?

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Marco explícito


Fui promovida, yes!

Fiquei tão feliz que esqueci dos meus compromissos pós trabalho.

Bem, se eles me derem um ambiente adequado, farei um bom trabalho!

domingo, 3 de setembro de 2006

15 de Setembro de 1984


Estávamos tomando o habitual café da tarde no final de semana.
Já não me lembro como chegamos ao assunto sobre signos. Minha mãe, sempre, defendendo a idéia de que essas coisas são tollices {a partir deste dia percebi que realmente não são!}.
Estranhamente meus pais estavam sentados na posição errada na mesa, porque geralmente {não que seja uma regra em casa!} eu sento numa letaral da mesa, minha irmã à minha frente, meu pai numa ponta e minha mãe na outra; mas neste dia eles estavam de frente para mim, um ao lado do outro. Ainda no assunto do signo, comentei:
- Por um dia eu não sou do signo de Virgem!
- Um dia não. Oito dias! - meu pai respondeu.
Eu fiz aquela cara, conhecida por cara de interrogação. Bem, eu sei que vocês não conhecem o meu pai, mas esta cena é muito comum quando ele fala algo. Ele é um homem bastante enigmático e adora fazer piada. Depois do-não-entendi, soltei:
- Por quê?
- Porque são 8 dias, ué?!
Eu insisti no porque são oito dias e ele:
- Porque você nasceu no dia 15 de Setembro, não no dia 23.
- Como assim?
Desta vez a fala é da minha mãe:
- Em Piatã, no dia do seu nascimento, os escrivães estavam de greve e para não pagar multa nós a registramos no dia 23, porque não tínhamos dinheiro.
- Ah! - resmunguei prolongadamente, um pouco tonta pelas informações.

Confesso que me senti um pouco estranha com esta conversa, ainda mais quando a minha mãe deu um cutucão no meu pai, dizendo:
- Por que você foi falar isso para a menina?
Eu me senti enganada. Porque o dia mais importante da minha vida foi revelado após 18 anos após o meu nascimento. Passei o dia inteiro pensando no que mais poderia ser mentira. Mentira, não. Há mais coisas ocultas? O que mais poderia ser que não é?
Isso durou até que o dia acabou e o novo dia chegou, porque notei que a revelação não fizera diferença na minha vida nem na minha personalidade. Então, este ano, em homenagem a esta coisa tipicamente baiana, resolvi comemorar meu aniversário nos dois dias, tanto no dia 15 quando no dia 23!!!

Viva Setembro!
O mês das flores!
Fui recebida com flores e partirei com flores {espero!}!

sexta-feira, 1 de setembro de 2006